José Saramago

17.11.06 at 10:35 da manhã

Saramago em entrevista a Adelino Gomes (conclusão)

Pela sua manifesta relevância didáctica, cito a entrevista que José Saramago concedeu a Adelino Gomes e que o suplemento "Mil Folhas" do jornal Público hoje acaba de publicar:
"Uma criança no meio do mundo olhando em redor e dizendo: "Estou aqui"
No ano em que celebra 84 anos, José Saramago revisita literariamente a sua infância e juventude em Lisboa e na Azinhaga. Apesar de nela apenas ter residido um ano e meio e de só a ela ir regressando por ocasião das férias escolares, é da aldeia ribatejana da Azinhaga (situada nas margens do Almonda, próximo da confluência deste rio com o Tejo) que a sua memória guarda os melhores afectos e as mais fundas e belas recordações. As 149 páginas de "As Pequenas Memórias", o seu último livro, de novo impresso em papel "amigo do ambiente" e de novo dedicado a Pilar, "que ainda não havia nascido, e tanto tardou a chegar", detêm-se nos 15 anos do autor. A autobiografia não terá continuidade, garante Saramago, que diz querer tomar à letra o conselho dado pelo poeta Alexandre O" Neill: "Não contes a vidinha". Já fora da entrevista, dada no final da semana passada, na pequena vivenda "Blimunda" que possui nas proximidades da Praça de Londres, em Lisboa, o autor refere-se às surpresas editorais que alguns dos seus livros continuam a oferecer-lhe: quase 400 mil exemplares do "Ensaio sobre a Cegueira" vendidos até ao ano passado nos EUA; a atenção crítica particular dispensada em França, neste momento, a "Ensaio sobre a Lucidez"; e a "estupenda" aceitação de "As Intermitências da Morte", quer na Holanda, quer no Brasil, donde o seu editor lhe acaba de comunicar que os 25 mil exemplares da primeira edição de "As Pequenas Memórias" "já foram"... No andar de baixo, a mulher e tradutora para a língua castelhana, Pilar, parece canalizar todas as energias para o lançamento desta obra, marcado para a passada quinta-feira, 16, na Azinhaga e que, admite Saramago, tanto pode ser a última como ser seguida por "mais um livro ou dois". [...]". Pode continuar a ler neste sítio.




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